Um dos principais marcos da integração das forças de segurança Fluminenses, o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) completa três anos nesta terça-feira. Localizado na Praça Onze, no Centro do Rio, o CICC reúne representantes das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal; Corpo de Bombeiros; Defesa Civil; Guarda Municipal; Centro de Operações Rio (COR); e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Antes da construção do prédio de quatro andares, representantes da Secretaria de Segurança visitaram centros operacionais dos Estados Unidos, México, Inglaterra, Turquia, além de São Paulo, Fortaleza, Brasília, Porto Alegre, entre outros. Segundo o subsecretário de Comando e Controle, Edval Novaes, foram trazidas as melhores práticas e adaptadas à realidade fluminense.

– Trouxemos o que havia de mais moderno em termos tecnológicos e permanecemos atualizados e recebendo visitas de comitivas nacionais e internacionais. O prédio funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, com média de 1,2 mil pessoas circulando e um sistema de consciência situacional que integra todas as forças de segurança que atuam aqui. Atendemos 12 milhões de pessoas na Região Metropolitana e poucos locais no mundo têm essa complexidade – afirmou Novaes.

inauguração

Logo que foi inaugurado, o CICC começou a atuar para a garantia da segurança de turistas e delegações que chegavam ao Rio para a Copa das Confederações, em junho; e de fiéis durante a Jornada Mundial da Juventude, em julho. Naquela época, o sistema de monitoramento reunia quase mil câmeras e ganhou mais de 2 mil desde então. Além disso, a atuação multiagências reduziu o tempo-resposta das ocorrências para menos de dez minutos.

– O CICC permite que as três esferas governamentais atuem em conjunto, o que é um salto para a interoperabilidade das agências no dia a dia da Região Metropolitana ou nos grandes eventos. Com uma única chamada para qualquer instituição que atua no CICC, podemos acionar outras agências que podem fazer parte do atendimento da ocorrência e, com nossas câmeras avaliamos a necessidade de envio de reforço. Esse acionamento multiagências representa vidas salvas – disse o superintendente de Comando e Controle do CICC, George Freitas.

Tecnologia de ponta é utilizada por equipes do CICC.

Equipado com tecnologia de ponta, o prédio do CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) abriga 98 telas de LED de 55 polegadas que formam um video wall de 17 metros de largura por 5 metros de altura. Por meio de um sistema de processamento distribuído, o “paredão” transmite imagens de mais de 3 mil câmeras de monitoramento no estado.

Em uma sala-cofre de 99 metros quadrados são armazenadas mais de 1,2 mil estações de trabalho virtualizadas que atendem a todo o prédio, além de 250 servidores virtualizados que proveem todos os sistemas, desde de videomonitoramento até gestão do atendimento emergencial das instituições. Todo esse material é armazenado em 400 terabytes, ou seja, com essa capacidade seria possível assistir ininterruptamente 10 anos de imagens.

– Nosso sistema de consciência operacional, o S4C, funciona por meio de camadas integradoras e cada uma delas apresenta informações de uma força de segurança. No Gabinete de Gestão de Crises, elas podem ser vistas simultaneamente para o planejamento de ações conjuntas, de acordo com a necessidade de cada operação. Pelas visitas que recebemos, temos certeza de que estamos no conjunto de centros operacionais mais avançado do mundo – explicou o superintendente de Tecnologia da Informação do CICC, Carlos Alfradique.

[Fonte: Correio do Brasil]